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Neste dia nacional da imunização, entenda porque precisamos manter a vacinação em dia


às 20h39
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9 de junho é o dia nacional da imunização, e para celebrar essa data, o biomédico e professor assistente na Faculdade São Luís de França, Lucas Sousa, ressalta a importância e esclarece algumas dúvidas em relação às vacinas.

“Nosso corpo possui um sistema de defesa contra “coisas” estranhas, como agentes externos que podem causar danos ao organismo. Esse sistema de defesa é o sistema imunológico. Naturalmente, quando entramos em contato com algum agente patogênico, nosso organismo cria mecanismos de defesa para vencer e controlar esse invasor. Depois de vencida “a batalha” contra esse agente, é criada uma espécie de memória de defesa pelo sistema imune (chamada memória imunológica). Essa memória é responsável por proteger o organismo de novas invasões, impedindo novos episódios da doença”, explica.

Muitas pessoas ainda relutam em tomar a vacina por conta das reações adversas e contraindicações que ela pode causar no organismo. O biomédico explica porque isso acontece.

“Por estimular a produção de uma memória imunológica, utilizando um agente enfraquecido ou um pedaço dele, as vacinas podem desenvolver quadros de reações adversas, muitas vezes como um quadro leve da doença ou um simples mal-estar, com sinais e sintomas gerais, como febre, dores no corpo e dor no local da vacina. Entretanto, essas reações são passageiras e limitadas. As verdadeiras contraindicações de vacinação são para pessoas que possam ter alergia a algum dos componentes daquela vacina ou pessoas com determinadas deficiências no sistema imune”, aponta.

Segundo Lucas, o calendário vacinal brasileiro, estabelecido e fornecido pelo Sistema Único de Saúde, é um dos mais completos e elogiados sistemas de imunização do mundo. Diversas vacinas são ofertadas gratuitamente através das unidades básicas de saúde. A aplicação de vacinas no organismo deve ser iniciada desde o nascimento da criança. São diversas as vacinas necessárias para completar todo o calendário vacinal.

“Ao nascer, são fornecidas vacinas como a BCG ID, que protege o organismo do recém-nascido contra a tuberculose, e a vacina da Hepatite B, que protege contra a infecção desse vírus, que pode levar a danos no fígado. Logo depois, ainda nos primeiros meses de vida são ofertadas diferentes vacinas, cada uma em seu período ideal e que protegem contra vírus ou bactérias causadoras de inúmeras doenças, como a paralisia infantil, sarampo, caxumba, coqueluche, alguns tipos de meningite, gripes mais graves, febre amarela, catapora e rubéola”, indica.

O biomédico alerta que não existem vacinas para todas as doenças e mesmo sendo utilizadas por anos não são perfeitas. Algumas pessoas, mesmo após vacinadas, podem desenvolver a doença e isso pode ser explicado por diversos fatores, dentre eles, a capacidade da vacina em estimular proteção em diferentes organismos.

Uma das formas de potencializar essa proteção é a utilização de mais de uma dose para um certo tipo de vacina, chamadas doses de reforço. Essas doses adicionais ajudam a complementar o efeito protetor da vacina no organismo, ou seja, estimulam uma produção efetiva de memória de defesa. “Dessa maneira, podemos entender a importância de manter sempre o calendário vacinal atualizado, pois isso permite que mantenhamos nosso sistema de defesa sempre vigilante e atualizado contra os agentes invasores”, avalia.

Lucas ainda pondera sobre os cuidados que é preciso manter para evitar o contágio do coronavírus e reforça a importância das vacinas contra essa doença. “Elas são uma das principais formas de prevenção do surgimento de novas variantes do vírus, que podem tornar o controle ainda mais difícil. Dessa forma, se vacinar com o ciclo completo de doses, manter os cuidados com higiene e evitar aglomerações são as formas mais efetivas de controlar a disseminação e diminuir o impacto da doença em nossas comunidades, evitando suas sequelas permanentes e controlando o número de mortes”, conclui.

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