A aluna do 5º período de psicologia da Faculdade São Luís de França, Marildete Oliveira Cruz Campos, 50 anos, é a nossa protagonista de hoje e compartilhou um pouco da sua história de vida. Ela tem duas filhas, uma de 14 e outra de 12 anos, e está cursando a sua segunda graduação.
Ela contou que aos 48 anos resolveu que deveria fazer um novo curso e ingressou mais uma vez na faculdade, uma adaptação nada fácil para uma mãe de duas filhas. “Precisei me adaptar a novas rotinas, além de todas as atribuições já existentes, foi necessário incluir mais essa. Tive a sensação inicial de que não iria conseguir seguir em frente, mas me mantive focada nesse objetivo, principalmente na rotina diária de estudos e, quando percebi que estava sendo motivo de exemplo, me senti ainda mais forte”, relatou.
Marildete também destacou que o anjo da guarda sempre que precisa de ajuda é seu esposo, ele sempre fica com as meninas quando precisa focar nas aulas. A aluna também revelou que a pandemia quase fez com que ela desistisse do curso. “O início foi um momento de muito medo, dúvidas e insegurança, por não saber quando realmente isso tudo passaria e, principalmente, por saber que a rotina a partir dali seria virtualizada e que não teríamos por um bom tempo esse contato presencial com os colegas e professores”, afirmou.
A estudante de psicologia relata que as aulas online são um desafio a mais na sua rotina. “Por estar em casa minhas filhas tiveram dificuldade em entender que apesar de estar presente naquele momento, eu não estou à disposição delas. E até eu mesma, a minha adaptação também não foi nada fácil, focar nas aulas, criar e atender uma rotina de estudos em casa tem sido desafiador”, contou.
Para a aluna, que além dos afazeres do curso, da casa e das atribuições da maternidade, ainda encontra tempo para ser voluntária em uma instituição filantrópica de apoio à mulheres vítimas de violência doméstica, conta que nos momentos difíceis a maior motivação para seguir em frente é a beleza do curso que escolheu. “Cada vez que conheço mais, me apaixono ainda mais. E a possibilidade de poder contribuir com outras pessoas, em sua evolução, desenvolvimento e maturidade, me estimulou bastante”, destacou.
Marildete conclui afirmando que acredita ser inspiração para as filhas. “Após 23 anos longe dos bancos da faculdade, voltar e me submeter às novas tecnologias, interagir de forma saudável com colegas muito mais jovens, alcançar boas notas, tudo isso elas percebem, pois estão numa fase que todos os detalhes são observados”.