A literatura de cordel chegou ao Brasil pela primeira vez, através dos portugueses e se tornou um meio de eternizar as narrativas cantadas pelos repentistas populares do Nordeste brasileiro. A principal função social do cordel é de informar, ao mesmo tempo que diverte os leitores, com suas rimas bem elaboradas carregadas de muito bom humor e coloquialidade.
No dia 19 de julho de 2014, a Câmara de Vereadores de Aracaju aprovou um projeto de Lei como Dia Municipal da Literatura de Cordel. Já em 2018 o gênero foi reconhecido em setembro pelo Conselho Consultivo como Patrimônio Cultural Brasileiro e abriga muitos cordelistas talentosos presentes em vários estados.
Uma delas é a cordelista sergipana, escritora, pedagoga e radialista Izabel Nascimento, que por ser filha de pais escritores, fez com que seu interesse pelo cordel surgisse desde cedo. “Comecei a escrever desde os 7 anos de idade. Minha mãe me alfabetizou, então na medida que eu fui aprendendo a ler e escrever, já passei a fazer os meus primeiros versos, pois a vivência com a poesia vem antes do processo de alfabetização”, conta Izabel.
Em 2013 Izabel e sua família fundam a ”Casa do Cordel”, projeto criado a partir de uma ideia de sua irmã durante uma viagem da família ao Rio de Janeiro, o espaço é coordenado pela poetisa e possui um acervo particular que conta com folhetos de cordéis da própria família, da poetisa e seus pais, além de ser um ponto de encontro de poetas o local também é palco de celebrações juninas e há mais de 20 anos.
Alguns de suas obras são:
1. A História da Umbanda em Cordel (2018)
2. A História do Soldado que bateu na Professora e virou jumento (2012)
3. Bob Lelis e a Rural do Forró (2018)
4. Cordel de Mãe e Filha (2018)
5. Cordel de Pai e Filha (2008)
6. Relato de Verso e Voz (2018)
7. Receita da Boa Mulher (2018)
8. Grupo Vocal Vivace em “Sergipe, Amor e Forró – É proibido cochilar!” (2018)
9. Saúde Mental em Cordel (2018)
É importante valorizar a Literatura de Cordel principalmente no âmbito educacional, as matérias de Língua Portuguesa contemplam o Cordel em suas diretrizes curriculares e oferece aos pesquisadores um espaço sempre aberto de reflexão sobre uma maneira de pensar e de afirmar a identidade, traçando caminhos de subversão e de liberdade, protesto, convertendo o espaço poético numa arena de reflexão.