Quando falamos em resistência, precisamos lembrar da comunidade LGBTQIA+, a história dessas pessoas que é pautada na luta pelo direito de simplesmente existir não deve ser esquecida ou banalizada. E neste dia do orgulho LGBTQIA+ é importante promover a conscientização para enfraquecer os preconceitos que ainda existem na sociedade.
Ter orgulho da própria sexualidade demanda quebra de paradigmas e barreiras que, em alguns casos, deixam marcas físicas e emocionais, onde muitas vezes o primeiro obstáculo a se enfrentar é a família, como é o caso da jornalista e estudante de direito da Faculdade São Luís de França, Ana Paula Machado, que começou a se entender lésbica aos 13 anos, mas ainda com dúvidas em relação a sua sexualidade. Aos 15 se viu obrigada a se assumir por conta de comentários feitos a sua família.
“Lembro muito bem quando minha mãe disse: você vai sofrer e esse é o meu maior dilema, pois como é que eu vou lidar com isso vendo a sociedade maltratar você e te tratar com preconceito. Não é uma escolha ser homossexual porque a gente não escolhe ser, não vou acordar um dia gostando de mulher e no outro não, a gente nasce dessa forma”, conta Ana Paula.
A jornalista ainda diz que, hoje consegue lidar de uma maneira mais leve após ter precisado enfrentar algumas situações ruins, uma delas foi o boicote financeiro da família por conta de sua sexualidade. “Se não tivesse sido da forma como foi eu não seria quem eu sou hoje, eu não teria tanta força e não entenderia que minha voz é importante para meninos e meninas que passam por coisas semelhantes”, acrescenta.
Precisamos repetir: onde existe amor, não existe lugar para a intolerância. As campanhas de apoio ao Orgulho LGBTQIA+ não podem se resumir em apenas um mês. É fundamental resistir todos os dias, mas também ensinar. Ensinar com o intuito de ter um futuro melhor e de projetar uma vida sem violência e lgbtfobia.
Confira a entrevista completa da aluna e de outras pessoas LGBTQIA+ que está disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=aByVLzu9R3I