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Dia internacional da igualdade feminina- Advogada e especialista em direito da mulher explica a importância desta data e de continuar lutando por espaços


às 20h17
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As reivindicações das mulheres pelo acesso a direitos civis, condições dignas de trabalho e representatividade política continua sendo uma pauta atual, elas começaram no século XIX com a luta pelo direito de votar. Na década de 1960, o movimento lutou pela ampliação de direitos legais e sociais, abordando temas como família, direitos reprodutivos, sexualidade e mercado de trabalho.

O dia 26 de agosto foi definido como o Dia Internacional da Igualdade Feminina para reforçar a necessidade de debater ações efetivas para o alcance da igualdade nas diferentes esferas da sociedade. Para a advogada e especialista no direito da mulher, Aretha Cardoso, a comemoração dessa data é muito importante, não somente para celebrar, mas, principalmente, lembrar os motivos pelos quais as mulheres lutam. “É mais um momento de reflexão do que de conquista. É lembrar o porquê lutamos todos os dias para termos nossos direitos respeitados”, diz.

De acordo com um estudo feito pelo IBGE em 2018 com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), mesmo com uma pequena queda na desigualdade salarial nos últimos anos, as mulheres brasileiras ainda ganham cerca de 20,5% a menos que os homens. “Acontece que ainda estamos muito longe do ideal e isso é muito fácil de ser observado: quantas vezes você já viu uma mulher que faz o mesmo serviço, trabalha a mesma jornada de trabalho, com a mesma competência ganhar a mesma quantia que um homem? Nós mulheres temos que diariamente provar nossa competência”, pontua a advogada.

Para Aretha, o ponto chave é a desigualdade de gênero ser combatida em todas as áreas. É a mulher ter os mesmos direitos e deveres do que o homem exercendo o mesmo cargo. Só com a igualdade feminina é que as mulheres podem vencer essa luta. Isso porque a disparidade está presente em todas as esferas, um exemplo é o fato das mulheres serem maioria no Ensino Superior (71,3%), segundo a pesquisa do Instituto de Psicologia da USP, na área de “Engenharia e Ciências Exatas”, apenas 20,08% das bolsistas são mulheres.

Embora a igualdade de gênero ainda seja uma longa jornada, é preciso continuar combatendo os preconceitos.  “Lutar é sempre o melhor caminho. Não falamos aqui de uma luta unilateral onde somente se escuta um dos lados. É dialogar e levar essa pauta para os mais diferentes núcleos e grupos. É empoderar e mostrar o poder da força da união feminina e os resultados dessa luta. É saber de onde vem e onde quer chegar, porque poder, toda mulher pode conquistar o que quiser”, finaliza.

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