Na semana em que foi comemorado o Dia do Frevo, 14 de setembro, a nossa editoria de cultura vai falar um pouco desse ritmo que é um importante patrimônio cultural brasileiro. A importância cultural do frevo é tanta que, em 2012, o frevo foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco.
O ritimo teve origem em Recife durante o carnaval do final do século 19, e surgiu como expressão popular durante um momento de transição e efervescência social ocasionada pelo fim da escravidão no Brasil. Os passos surgiram da rivalidade entre as bandas militares e nas lutas de capoeira que foram se configurando, simultaneamente, numa dança frenética e improvisada na rua.
Apesar de ser uma manifestação pernambucana, o frevo se espalhou por outros estados, e aqui em Sergipe desembarcou com força total no carnaval de Neópolis, conhecida como “A capital sergipana do frevo”. Com uma tradição iniciada há mais de 80 anos, durante a festa de Momo, a cidade exibe seus bonecos gigantes e o tradicional bloco do ‘Zé Pereira’, tudo ao som de muito frevo e com muita animação.
Uma outra curiosidade é sobre a origem do nome, que surgiu em referência à rapidez no movimento dos pés e corpo, como se o chão estivesse “fervendo”. Não é atoa que para se arriscar na dança é preciso uma certa habilidade para executar muitos rodopios e saltos com a tradicional sombrinha colorida.