MENU
Menu Principal

Setembro Verde: precisamos falar sobre doação de órgãos


às 20h57
Compartilhe:

Anualmente em todo o país o mês de setembro é marcado pelas campanhas do Setembro Verde. Comemorado desde 2014, essas campanhas têm como finalidade incentivar e conscientizar a sociedade sobre a importância da doação.

Segundo a Central Estadual de Transplantes do estado, atualmente, somente em Sergipe, cerca de 900 pessoas precisam de doação, enquanto que as doações nunca foram proporcionais a essa demanda.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, em 2019 somente 18 captações foram realizadas, em 2020 houve uma redução para 11 captações. Devido à pandemia, no ano corrente a situação ficou ainda mais preocupante, com um total de 3 captações até o momento, duas no mês de junho e uma em julho.

Falar sobre doação exige muita sensibilidade. No Brasil, qualquer cidadão com maior idade pode decidir por ser um doador de órgãos, em vida ou em morte, mas após a morte somente a família pode decidir pela doação.

Dúvidas comuns

Em conversa com a professora Érika Souza, que é farmacêutica de formação e leciona para os cursos de Enfermagem, Fisioterapia e Nutrição da Faculdade São Luís, obtemos respostas para algumas perguntas frequentes sobre o assunto. Confere a seguir:

Quem pode ser doador? O transplante de órgãos pode ser feito por doadores vivos ou mortos e, atualmente, mais de 80% dos transplantes são realizados com sucesso.

O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, medula óssea e, mais raramente, parte do intestino, parte do pulmão ou parte do pâncreas. Potencialmente, qualquer pessoa saudável maior de 18 anos pode ser uma doadora de órgãos. Entretanto, o doador deve ser parente do receptor em até quarto grau e possuir compatibilidade sanguínea. Caso o doador não seja um parente relacionado é necessária autorização judicial.

O doador para fins de transplantes de órgãos (rins, fígado, coração, pâncreas e pulmões) pode ser qualquer pessoa, adulto ou criança, com diagnóstico definido de morte cerebral. A morte cerebral, ou encefálica, é irreversível e é confirmada por critérios definidos pelo Conselho Federal de Medicina, envolvendo a identificação de causa de morte irreversível, a realização do teste de apneia – teste que confirma a ausência de movimentos respiratórios – e outros exames, que confirmam a falta de fluxo sanguíneo nos tecidos cerebrais.

Qual o procedimento para quem quer ser doador?  Qualquer pessoa pode ser doadora de órgãos. Basta apenas ser maior de 18 anos, ter condições adequadas de saúde e ser avaliado por um médico para realização de exames.

Para ser um doador em vida, você pode acessar o site da Aliança Brasileira pela doação de Órgãos e Tecidos (Adote), fazer seu cadastro e download do cartão de doador. Basta acessar o link: http://www.adote.org.br/.

Além do cadastro, é importante você falar para a sua família que deseja ser um doador de órgãos, para que após a sua morte, os familiares (até segundo grau de parentesco) possam autorizar, por escrito, a retirada dos órgãos.

Qual a importância da doação? A doação de órgãos ou de tecidos é um ato pelo qual manifestamos a vontade de doar uma ou mais partes do nosso corpo para ajudar no tratamento de outras pessoas. É um ato de salvar vidas!

Compartilhe: