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Síndrome da fome oculta: causas, sintomas e tratamento


às 15h01
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A síndrome da fome oculta é definida, segundo a organização mundial da saúde, como a carência de determinados nutrientes no organismo, uma deficiência de micronutrientes, como vitaminas e minerais, que são essenciais para o organismo. Essa condição é desenvolvida, principalmente, por um desequilíbrio na alimentação derivado pela não variação de alimentos na rotina alimentar.

 Apesar de o termo remeter a freqüência em que se alimenta, não é assim que ela funciona. E por isso, é importante ter em mente que, não necessariamente a síndrome vai afetar pessoas que convivem com a escassez de comida, a condição atinge, inclusive, muitas pessoas com obesidade. A síndrome da fome oculta vai estar mais relacionada à qualidade da dieta do que às quantidades ingeridas.

Essas mesmas características citadas é o que também vai diferenciar a fome oculta da desnutrição alimentar. A coordenadora do curso de nutrição, professora Júlia Franco, explica: “A fome oculta resulta do processo de alimentação de má qualidade, enquanto que a desnutrição, ou uma deficiência nutricional está associada à falta de acesso a alimentação”.

Os sintomas da síndrome são muito silenciosos e até difíceis de identificar já que a maioria deles podem ser causados também por diversos outros fatores. “O diagnóstico decorre a partir da avaliação laboratorial, exames clínicos e avaliação do consumo alimentar. Como pode ocorrer em indivíduos com boa ingestão calórica, a investigação da fome oculta geralmente está atrelada à presença de seus sinais e sintomas”, explica a professora.

Ainda no que diz respeito aos seus sintomas, no geral, a síndrome pode provocar problemas como contração dos músculos, câimbras, cansaço, fraqueza, irritação, variação de humor e até prejuízos em longo prazo. “Em crianças e adolescentes, a falta de uma alimentação adequada, pode gerar prejuízos no crescimento e desenvolvimento (físico e mental), enquanto que em adultos, esta inadequação alimentar pode comprometer o sistema imunológico, assim como pode estar associada ao desenvolvimento de doenças crônicas como hipertensão, diabetes, osteoporose etc.”, alerta.

A fome oculta pode ser evitada a partir da ingestão balanceada de alimentos que são fontes de nutrientes essenciais para o bom funcionamento do organismo, na dúvida é sempre bom variar. Além disso, segundo a professora Júlia Franco, em casos graves, pode ser necessário realizar a suplementação específica de algum nutriente ou trabalhar com formulações multivitamínicas, mas tendo em mente que nada substitui a orientação de um profissional qualificado.

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