Seguindo o calendário de conscientização de saúde, este mês é destinado à campanha do Outubro Rosa. Criado nos Estados Unidos da América ainda na década de 90, tem como objetivo principal trabalhar a conscientização das mulheres e de toda a sociedade acerca da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama.
No Brasil, essa campanha começou alguns anos depois, no começo dos anos 2000, e apenas em 2018 foi oficialmente sancionada a Lei n° 13.733, um importante passo institucional governamental na conscientização do combate ao câncer de mama.
Somente esse ano, de acordo com dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), já foram registrados mais de 66 mil casos apenas no Brasil, sendo que aproximadamente 18 mil resultaram em morte.
Nos últimos anos, além da campanha de prevenção e controle do câncer de mama, tem se trabalhado o controle e prevenção do câncer de colo uterino. Juntos, esses dois tipos de câncer estão entre as principais causas de morbidade e mortalidade em mulheres no mundo.
O objetivo da campanha é conscientizar, com informação de qualidade, mulheres sobre a importância dos cuidados e tratamentos da doença. Apesar do que muitos ainda acreditam, a hereditariedade não é o único fator para o desenvolvimento do câncer de mama. O professor Dr. Lucas Sousa Magalhães chama a atenção para os outros fatores que podem potencializar o desenvolvimento dessa condição. “o controle do câncer de mama em específico perpassa por cuidados de saúde e atenção a questões como inatividade física e obesidade, consumido de bebida alcoólica, tabagismo, uso de contraceptivos orais e alterações hormonais”, alerta.
Os primeiros sinais do câncer de mama são o aparecimento de nódulos (caroços) nas mamas e eles podem ser observados em um autoexame. Junto a esses nódulos há o aparecimento de nódulos nas axilas, saída de líquido anormal dos seios e alterações de pele na mama.
Uma característica clássica é que esses caroços normalmente não causam dor e por isso algumas mulheres tendem a negligenciar. Dessa forma, campanhas como essa buscam esclarecer que alterações nas mamas devem ser valorizadas e quanto mais cedo for o diagnóstico melhor para a saúde da mulher.
A importância do autoexame está na possibilidade de prevenção da doença, quanto antes diagnosticado, maior as chances em remediar a situação. “O diagnóstico precoce é parte fundamental do sucesso para o tratamento e cura. Isso não significa que as mulheres com diagnóstico tardio estão fadadas ao insucesso do tratamento, mas sim que aquelas com diagnóstico precoce possuem grandes chances de cura clínica e controle efetivo do câncer.”, explica o professor Lucas.
A ideia principal é que as mulheres possam ter um autocuidado diário, valorizando sua saúde, sua autoestima. Dessa forma elas podem conhecer melhor seu próprio corpo e isso contribui na identificação de qualquer tipo de alteração biológica em seu organismo.