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Psicóloga explica como a psicanálise pode ajudar no tratamento do TOC


às 12h19
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O TOC ou Transtorno Obsessivo Compulsivo é um transtorno psiquiátrico de ansiedade que tem como principal característica a presença de crises recorrentes de obsessões e compulsões. Seu diagnóstico é clínico, não podendo ser detectado por exames laboratoriais.

De acordo com a psicóloga e professora da Faculdade São Luís de França, Marcela Teti, em geral quem percebe o transtorno é o próprio paciente, que nota alguns comportamentos repetitivos, rituais cotidianos e a dificuldade de deixar de praticá-los. “Quando os rituais não acontecem, a pessoa fica angustiada, insegura, com a sensação de incongruência com relação a sua própria vida”, explicou.

A psicóloga também destacou que externamente o TOC tem característica de mania excessiva. “Mania de lavar as mãos, quase toda hora, de checar a fechadura, mesmo sabendo que a porta está fechada, de contar objetos ou arrumá-los em ordem alfabética ou por cor. Caso os rituais não sejam cumpridos, por mais ineficazes que sejam, a sensação é de desintegração da identidade, ou de descontrole a respeito da vida”, relatou.

Em geral, o perfil do indivíduo com TOC é de uma pessoa rígida, com necessidade de controle, pensamentos compulsivos e dúvidas constantes. O transtorno não é um tipo de distúrbio que tem cura. No entanto, a psicanálise ajuda a dar ao paciente mais conforto e controle dos pensamentos, uma vez que as situações de ansiedade e angústia podem ser trabalhadas durante a análise.

Segundo Marcela, a psicanálise explica o transtorno por uma fixação na fase anal do desenvolvimento psicosexual na infância. “Por não ter superado bem os processos de higiene e de socialização, na educação infantil, o indivíduo desenvolve um superego rígido, com certo número de cobranças internas e comportamento social inadequado”, pontuou.

A psicanálise trata o transtorno buscando o que está por trás do ritual tentando entender a estrutura psíquica fixada a partir das circunstâncias vividas na infância. “A terapia vem no sentido de ajudar o indivíduo a ter mais controle dos pensamentos e estabilizar sintomas. Não há cura, mas é possível produzir conforto, quando a ansiedade é controlada. Em alguns casos, o uso de medicamentos é importante para a melhoria da qualidade de vida”, finalizou.

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