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Professora da psicologia explica quando o luto exige ajuda profissional


às 12h55
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No dia 2 de novembro é celebrado o Dia de Finados ou Dia dos Mortos, a data é muito importante para algumas religiões, pois é um momento de prestar homenagens a todos os entes queridos que já morreram. O dia envolve certa tristeza, porém em alguns países, a depender da cultura, o Dia dos Mortos não é um momento triste e de luto, mas sim de festa.

Independente da crença e do modo como se faz a homenagem para àqueles que partiram, a data envolve certa melancolia e saudade. Por isso, trouxemos um tema importante para ser falado, o luto.

A verdade é que nunca estamos preparados para a morte. Não aprendemos na escola, nem na faculdade e nem ninguém nos explica como encarar a dor da perda. O processo de luto é bem difícil e envolve questões emocionais, psicológicas e, em alguns casos, tem consequências físicas também. Veja algumas formas de passar por essa fase de uma forma menos dolorosa.

A psicóloga e professora da Faculdade São Luís de França, Marcela Teti, explicou um pouco sobre o luto. “A situação de luto é estimulada por uma perda. O luto mais comum é resultado da morte de alguém porque se tem afeto. No entanto, podemos passar por luto quando terminamos um relacionamento, quando deixamos um trabalho, quando mudamos de cidade, quando nos tornamos mães. Cada uma destas situações leva a uma morte subjetiva. Algo que vivíamos, que era importante para nós, e de repente acaba. Mesmo quando este fim é planejado, a nova realidade impõe uma mudança do indivíduo para a criação de uma nova identidade e morte da anterior”, explicou.

Sobre o luto relacionado com a morte de alguém, a professora destaca que é uma fase que inspira cuidado. “Podemos pensar que o luto pela perda de alguém se assemelha a um estado depressivo, um estado breve de tristeza e de adaptação a uma nova realidade sem a pessoa que amamos. Pensando no luto como depressão, entendemos que é uma fase de muito cuidado. É uma fase em que a tristeza deve ser permitida e vivida. A falta deve ser digerida e as pessoas próximas devem ser compassivas às dores que são singulares”, ressaltou.

Em geral, após alguns meses a sensação de falta é resolvida e as pessoas conseguem ressignificar seu cotidiano, passando a viver normalmente sem a presença de quem se foi. Mas a psicóloga faz um alerta, caso o luto se prolongue e após um ano ou dois. “Se a razão da morte ainda leva a choros compulsivos e dores como se a perda fosse recente, este é um caso de tratamento psicoterápico, pois a tristeza do luto se encaminhou para uma depressão instaurada”, finalizou.

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