MENU
Menu Principal

Professora da FSLF dá dicas e esclarece mitos para fazer uma boa prova de redação do ENEM


às 12h39
Compartilhe:

Faltam poucos dias para o primeiro final de semana de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que terá a temida prova de Redação no domingo, 21 de novembro. Pensando em ajudar nesses momentos finais conversamos com a professora da Faculdade São Luís de França, Sara Rogéria, que separou dicas importantes e desvendou alguns mitos.

Anote cinco dicas para fazer uma boa redação:

1. domínio da modalidade formal da língua e articulação coerente entre os parágrafos.

2. Prática de leitura. A competência linguística só é possível quando temos uma prática de leitura. É ela que ajuda a montar frases claras e bem estruturadas e parágrafos em pleno diálogo.

3. Conhecimento de mundo. Novamente a leitura entra aqui como essencial. Sem ela o conhecimento de mundo não acontece. Seja lendo os textos das disciplinas ou todos os demais, a leitura é uma fonte de conhecimento inesgotável e isso se materializa no texto através do repertório sociocultural.

4. Saber a diferença entre fatos e ponto de vista. Isso é condição basilar para escrever um texto dissertativo-argumentativo. Há uma confusão enorme entre aquilo que se sabe, lê-se ou se ouve e o que é opinião, tese, ponto de vista. Diferenciar o que sei daquilo que penso sobre o que sei é um passo importante na construção de um ponto de vista. 

5. Estar atento/a à solução exequível para o problema que motiva a proposta redacional. Saber os papéis dos agentes, sejam eles públicos, privados ou mistos, é fundamental no momento de estabelecer a ação interventiva. Ação que precisa ter resultados   objetivos, concretos e em conformidade com o que foi discutido no texto.

Já sobre os mitos, a professora Sara Rogéria, listou mais cinco itens que vão te ajudar:

1. Escrever “difícil” – um bom texto é aquele que qualquer pessoa consegue ler e entender. Palavras rebuscadas, quando não se compreende suas possibilidades de significados e acabam sendo mal aplicadas no texto, podem ser consideradas erro de registro.

2. Usar citação sem articular com a discussão proposta no parágrafo – isso é muito comum e torna o repertório sociocultural improdutivo;

3. Encher o texto de conjunção – além de deixá-lo pesado, compromete o encadeamento lógico das ideias. As conjunções devem articular uma oração à outra e estabelecer sentido entre as frases. Quando usadas assim, elas são chamadas de interparagrafais, posto que tornam coeso o parágrafo. Quando a intenção é estabelecer relações de sentido entre os parágrafos, as conjunções devem ser usadas em seu início e recebem o nome de interparagrafais. Seja econômico, mas mantenha a coesão dentro e entre os parágrafos em todo o texto;

4. Utilizar frases de efeito e genéricas – por exemplo, nos primórdios da humanidade… Isso não diz absolutamente nada. Opte por começar por uma frase declaratória inconteste que aponte para o tema;

5. Proposta de intervenção que tenha como ação ‘conscientizar’ – já está consensuado que ações que se limitem a propor isso devem ser consideradas elemento nulo, ou seja, nada valem. Opte por verbos que apontem para algo prático, exequível, cujo resultado possa ser visto de fato e não dependa do estado de espírito do receptor.

Compartilhe: