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Professora da FSLF fala sobre a importância do tratamento precoce do câncer infantil


às 20h29
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O câncer infantil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. No dia 23 de novembro temos o Dia Nacional de Combate ao câncer infantil, data importante para alertar sobre a incidência da doença e fazer um alerta aos pais e responsáveis.

De acordo com a professora do curso de enfermagem da Faculdade São Luís de França, Rebeca Galvão Fonseca, diferentemente dos cânceres em adultos, o papel dos fatores ambientais ou exógenos no desenvolvimento do câncer na criança e no adolescente é mínimo. “Dessa forma, não existem medidas efetivas de prevenção para impedir o desenvolvimento do câncer na faixa etária pediátrica, exceto a vacinação contra hepatite B, que é eficaz na prevenção do desenvolvimento do hepatocarcinoma”, explicou.

Ainda segundo Rebeca, o objetivo deve ser centrado na identificação precoce do câncer, em seu estágio inicial de desenvolvimento, que inclui medidas para a detecção de lesões em fases iniciais da doença a partir de sinais e sintomas clínicos.

No Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afetam os glóbulos brancos), os que atingem o sistema nervoso central e os linfomas (sistema linfático).

Também acometem crianças e adolescentes o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), tumor de Wilms (tipo de tumor renal), retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho), tumor germinativo (das células que originam os ovários e os testículos), osteossarcoma (tumor ósseo) e sarcomas (tumores de partes moles).

A professora também destacou que o diagnóstico feito em fases iniciais permite um tratamento menos agressivo, quando a carga de doença é menor, com maiores possibilidades de cura e menores sequelas da doença ou do tratamento. “Câncer em crianças e adolescentes tendem a responder bem aos tratamentos efetivos e tem chances de cura entre 70% e 80%. O tratamento é considerado uma das principais formas de intervenção que pode influenciar positivamente no desfecho do câncer na criança e no adolescente, reduzindo a morbidade e a mortalidade pela doença”, ressaltou.

Alerta para sintomas

Os pais devem estar alertas ao fato de que a criança não inventa sintomas. Ao sinal de alguma anormalidade, devem levar seus filhos ao pediatra para avaliação. Na maioria das vezes, os sintomas estão relacionados a doenças comuns na infância, mas isto não deve ser motivo para descartar a visita ao médico.

A professora da FSLF, listou alguns sintomas que devem ser investigados:

1. Palidez, hematomas ou sangramento, dor óssea.

2. Caroços ou inchaços, especialmente se indolores e sem febre ou outros sinais de infecção.

3. Perda de peso inexplicada ou febre, tosse persistente ou falta de ar, sudorese noturna.

4. Alterações oculares – pupila branca, estrabismo de início recente, perda visual, hematomas ou inchaço ao redor dos olhos.

5. Inchaço abdominal.

6. Dores de cabeça, especialmente se incomum, persistente ou grave, vômitos (em especial pela manhã ou com piora ao longo dos dias).

7. Dor em membros ou dor óssea, inchaço sem trauma ou sinais de infecção.

8. Fadiga, letargia ou mudanças no comportamento, como isolamento.

9. Tontura, perda de equilíbrio ou coordenação.

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