Osteopatia e fisioterapia evoluíram para tratar muitas das mesmas condições, mas usam abordagens diferentes de acordo com diferentes ideologias. A fisioterapia é uma abordagem específica dos sintomas, enquanto a osteopatia vê o corpo como interconectado e, portanto, está mais preocupado com o sistema do que apenas com o sintoma.
Embora sejam coisas diferentes, muitas pessoas ainda confundem as áreas de estudos e não entendem como uma pode contribuir com a outra. A fisioterapia e o tratamento osteopático estão diretamente ligados, uma vez que, no Brasil, a especialização em osteopatia só pode ser feita por fisioterapeutas formados.
A osteopatia é uma abordagem com metodologia própria, desenvolvida nos Estados Unidos pelo Dr. Andrew Taylor Still, no ano de 1874. No Brasil, a formação é permitida apenas para fisioterapeutas formados, pois, sem os conhecimentos adquiridos na graduação em fisioterapia, é provável que o profissional não consiga acompanhar o ritmo da especialização. Tanto a osteopatia como a fisioterapia são especialidades indicadas para o tratamento de patologias musculoesqueléticas. Ambas utilizam técnicas essencialmente e, tanto osteopatas, como fisioterapeutas, têm formação extensa nos domínios da anatomia, fisiologia e patologia.
Diferenças
A osteopatia trata o corpo como um todo. Todas as estruturas estão interligadas, como tal não funcionam de forma independente umas das outras. É natural que para tratar uma área específica, sejam trabalhadas também outras estruturas anatómicas para além daquela que está afetada. Por outro lado, a fisioterapia é uma ferramenta de reabilitação que incide maioritariamente na área afectada, sendo que cerca de 40% do tratamento poderá envolver a utilização de tecnologia auxiliar (radiofrequência, electroestimulação, etc.).
Ambas as especialidades são complementares. Enquanto no tratamento específico da dor e correcção postural sugerimos a osteopatia, a fisioterapia é a especialidade recomendada após uma lesão ou cirurgia.