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Dezembro Vermelho: a importância de falar sobre o HIV para acabar com o preconceito


às 15h28
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O último mês do ano chegou e traz com ele uma data importante, o “Dia Mundial de Luta Contra a Aids”. Celebrado em 1º de dezembro, a data foi instituída em 1987 com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) e objetiva sensibilizar, celebrar a memória dos que morreram em decorrência da doença e comemorar vitórias como o acesso a serviços de tratamento e prevenção disponíveis. 

Em Sergipe, de janeiro a outubro deste ano, 242 pessoas tiveram testes reagentes para o HIV, ou seja, positivo, num total de 63.547 testes realizados. Apesar de muitos avanços no tratamento e o debate sobre a doença, muitas pessoas ainda têm preconceito em relação aos soropositivos, a chamada sorofobia.

Segundo um estudo da Unaids feito com 1.784 pessoas com HIV em sete capitais brasileiras em 2019, 64% dos soropositivos já sofreram algum tipo de discriminação – 46% por meios de comentários de familiares, vizinhos e amigos, 25% em assédios verbais e 20% chegaram a perder sua fonte de renda ou emprego.

Ainda segundo o estudo, mais de 30% dos participantes declararam estar desempregados e quase metade tinha enfrentado dificuldades para atender suas necessidades básicas de alimentação, moradia ou vestuário no último ano. Além do trabalho, o preconceito também atinge a vida social e afetiva e a saúde mental dos soropositivos.

Vale lembrar que a lei 12.984/14 tipifica a conduta de discriminar pessoas que vivem com HIV (PVHIV) e doente de AIDS, em razão de sua condição, punindo tal prática com pena de reclusão de um a quatro anos e multa. Também é crime divulgar a sorologia de uma pessoa sem o seu consentimento, com o intuito de ofender, humilhar ou chantagear.

Diante da falta de informação e do preconceito que ainda permeiam o assunto, a data de hoje e o Dezembro Vermelho, se tornam ainda mais importantes, pois são uma ferramenta contra a desinformação.

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