MENU
Menu Principal

Como o medo de errar influencia na vida profissional


às 21h40
Compartilhe:

Você já deixou de experimentar algo aparentemente bom ou divertido por medo? Já deixou de apresentar ou até apresentou um trabalho que você sabia que estava bom, mas estava com muita insegurança para se garantir? Já deixou de opinar em algo por medo de falar besteira e mais a frente percebeu que sua opinião era a solução? O medo de errar tem sido cada vez mais presente na vida das pessoas, e, pelo menos em algum momento da vida, todo mundo já deixou de fazer algo por receio do resultado. 

O medo de errar é um processo inconsciente, e nas ultimas décadas se tornou cada vez mais presente devido às tecnologias que tornaram cada vez mais urgentes as mudanças e adaptações nas mais diversas áreas de trabalho, e na vida como um todo. A coordenadora do curso de psicologia, professora Marcela Teti, faz uma análise explicativa com retrospecto desse cenário. “Falar que a instabilidade faz parte do nosso cotidiano implica muita coisa. A primeira delas é que não temos mais certezas de nada. E a segunda é a que não sabemos o que nos espera amanhã, isso significa que estamos a todo o momento improvisando.”, afirma.

Para ela, na primeira situação, existem adaptações e desafios diariamente. Nada é invicto. “num dia vivíamos livre e no outro acordamos enclausurados em nossas casas em decorrência de uma pandemia mundial”.  Já na segunda, cada dia que passa sistemas são desconstruídos e outros criados. O que hoje funciona, amanhã precisa de ajustes, e por isso arriscar ou ousar é uma reação positiva a essas mudanças. “Se você quiser bater metas, alcançar resultados na empresa, na escola e até no cotidiano familiar, você precisa experimentar, fazer sempre coisas novas”.

Improvisar e experimentar, são marcas permanentes de um mundo mutável. O que significa dizer que acertos, êxito e sucesso não é feito com fórmulas, manuais de uso, regras estabelecidas. As regras estão sendo criadas na medida em que o experimento acontece, e se elas se estabelecem, logo vão ceder lugar à exceção e, consequentemente, a novas regras.

Quando uma pessoa  nessa situação não reage ou se limita por medo, os resultados não são satisfatórios. “Infelizmente, este cenário não é muito produtivo para as pessoas que têm medo de errar. Quem tem medo do erro, está esperando o jeito certo e definitivo de fazer um trabalho, de cumprir uma meta. São pessoas, em geral, perfeccionistas e que preferem não fazer ajustes”, explica a professora.

Se você tem ideias rígidas a respeito de como se deve trabalhar, de como deve se comportar na sua empresa é bem provável que não se adapte às rotinas atuais, tão fluidas, tão líquidas.

Para além de serem boas ou ruins, as mudanças acontecem e elas só serão administradas eficazmente por quem se arrisca. Como diria Nassim Nicholas Taleb, em “Arriscando a própria ele”, para sair do lugar de burocrata e fazer diferença na vida das pessoas ou do lugar onde você trabalha, é preciso se jogar. E “jogar-se”, já de cara, implica cometer uma série de erros, ajustar resultados, arriscar mais uma vez, afinar métodos, tentar de novo até obter o que você precisa.É preciso obter resultados ruins para construir a personalidade forte que irá trazer sem dúvidas grandes resultados a partir de estudo e análise do que não funcionou do que precisa ser resolvido. “os erros nada mais são do que resultados diferentes do que aqueles que você esperava. Nada mais que isso. O que significa dizer que os dados provocados por más escolhas podem ser sempre corrigidos”, finaliza Marcela.

Compartilhe: