Quando o assunto é a educação dos filhos, entende-se que ela não será possível sem uma definição clara do conjunto de regras que devem ser respeitadas e cumpridas. Porém, muitas vezes essas regras são confundidas com autoritarismo, onde acredita-se que a criança só irá aprender na base do tom de voz mais alto, ou em imposições rudes.
A coordenadora operacional de Pedagogia da Faculdade São Luís de França, Guadalupe de Moraes, aponta o diálogo como a melhor ferramenta na educação das crianças. “Os filhos precisam compreender os porquês das coisas. É necessário o entendimento do papel, dos espaços, das obrigações e da importância de cada um na família para que tudo funcione harmonicamente. Não tem receita de perfeição. Cada família gerencia da sua forma”, afirma.
Desafiar as figuras de autoridade enquanto jovens é algo bastante comum e faz parte da formação da personalidade das crianças e adolescentes. Por isso, lidar com esse aspecto pode ser algo cansativo, mas também possível desde que os devidos cuidados sejam tomados. Para Guadalupe, amizade, respeito, admiração, parceria, paciência, compreensão, saber ouvir e claro muito amor, são coisas indispensáveis e devem ser levadas em consideração. “Educar não é impor, é compartilhar bons exemplos”, acrescenta.
A participação do(a) pedagogo(a) nessa fase é de extrema importância no desenvolvimento infantil. É nela que as crianças aprendem que para conviver em sociedade são necessárias normas e princípios, assim, o dia a dia na escola, contribui para esse entendimento, através da vivência diária com os colegas, professores(as) e demais profissionais que trabalham nesse ambiente.
Guadalupe conta que depois da convivência com a família em suas casas, o segundo local onde as crianças são inseridas é a escola. Portanto, os pedagogos(as) têm, então, uma importância e uma responsabilidade muito grande na vida delas.
Educar os filhos pode ser uma tarefa muito difícil, mas contar com a ajuda dos professores pode tornar essa experiência menos árdua. “Para ensinar, o professor deve diversificar para tentar atender a pluralidade e a diversidade do seu público; Gostar da profissão é fator primordial para realizá-la com excelência e dedicação; Constatar que o mundo e a forma como as crianças estão aprendendo evoluiu, portanto, os professores devem seguir esse fluxo também”, diz a coordenadora.