O janeiro Branco nasceu de uma iniciativa de um grupo de psicólogos, em Minas Gerais, Uberlândia, no ano de 2014. A campanha tem o objetivo chamar a atenção das pessoas em geral, para as questões subjetivas, emocionais, sentimentais, da nossa vida. O resultado final desta iniciativa é produzir uma cultura de saúde mental, em que prestemos atenção nos momentos em que nossa estabilidade emocional está sofrendo ou vai sofrer abalos.
Saúde mental é um termo usado para destacar a necessidade de estar bem, de estar de bem com a vida, com você e com os outros. Nós temos o hábito em só prestar atenção no nosso corpo e no bem-estar do nosso organismo e deixar de lado o cuidado com nosso psiquismo. Em geral, só quem tem transtorno mental ou doença mental deve cuidar da sua saúde mental, mas isso não é certo.
Para a professora de psicologia, Marcela Teti, “Doença mental e saúde mental não são opostos. Prezar pela sua Saúde Mental, implica buscar se manter positivo, lidar com frustrações, decepções, aceitar as mudanças porque passamos, tais como velhice, alteração salarial, perdas afetivas, reestruturação da família, mudanças globais”, explica.
O que pouca gente sabe é que estar emocionalmente afetado negativamente prejudica as relações pessoais, trabalhistas, as relações na família e até a saúde do seu corpo. Assim, é importante verificar pensamentos, rotinas, lugares que frequenta e o quão benéfico são suas relações de amizade a fim de prezar pelo seu bem-estar.
“Atualmente se faz muito necessário falar sobre saúde mental porque estamos vivendo numa sociedade mental, intelectual.”, afirma a professora. Ela explica que o investimento cotidiano é no nosso cérebro. Usamos a capacidade do pensamento, da criatividade e da motivação na escola, no trabalho, inclusive nos momentos de diversão. Trabalho, estudo e lazer envolvem necessariamente uso de computadores, smartphones, para fazer relatórios, textos, editar imagens, divulgar serviços.
“Para termos impacto não é mais necessário usar as pernas, mas a cabeça sim. O uso excessivo da capacidade mental está produzindo fadiga, cansaço, resistências e muitas vezes as descargas mentais são impróprias para uma vida de qualidade, tais como consumo excessivo de álcool, drogas, realidade virtual. Logo cuidar da saúde mental, produzindo um cotidiano que traga alívio das preocupações, dos problemas e que estimule um pensamento e sentimento de qualidade, é urgente.”, complementa.
Cuidar da saúde mental é um processo muito particular e individual. Você pode cuidar de si em casa mesmo e com as pessoas que você ama. Você pode estabelecer uma rotina que te faça bem, feliz. Acordar cedo, ouvir música, usar um perfume que estimule memórias benéficas, comer saudável, praticar atividades físicas que te façam feliz, dançar, sair com amigos e com a família. É muito importante cercar-se de pessoas queridas que te apóiam e que te estimulam a se desenvolver como pessoa.
Caso nenhuma destas ações seja possível ou você já tenha tentado algumas destas atividades e não viu resultados, talvez o contato com uma Psicológica ou um Psicólogo possa ser de grande ajuda. Na consulta de orientação psicológica ou de psicoterapia certamente o caso será analisado e, junto com o paciente, surgirá a produção de soluções.