O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta terça-feira, 25, a abertura de mais 20 mil vagas para o curso on-line sobre a Alfabetização Baseada na Ciência (ABC), metodologia de alfabetização desenvolvida pelo próprio MEC e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em parceria com três instituições de ensino superior de Portugal: a Universidade do Porto (UP), o Instituto Politécnico do Porto (IPP) e a Universidade Aberta de Portugal (UAb).
O curso, gratuito e voltado a professores da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I, tem 180 horas de carga horária e material autoinstrucional, isto é, não conta com a presença de um tutor para o acompanhamento e a orientação dos estudos e das atividades, nem para tirar as dúvidas por meio de sala de bate-papo (chat) ou de fóruns de discussão. O conteúdo é constituído por vídeos, materiais de leitura e tarefas de estudo, concebidos de acordo com os princípios da gamificação e dos recursos abertos.
A realização de todo o processo se baseia na prática de estudo diário e contínuo do participante, que deve fazer todas as atividades pelo Avamec, o ambiente virtual de aprendizagem do MEC. De acordo com o ministério, o curso de ABC já teve inscritos outros 180 mil docentes de todo o país, sendo ainda o segundo curso mais acessado no Avamec, com mais de 3,4 milhões de acessos desde o início das aulas, em 11 de janeiro deste ano.
O método ABC surgiu a partir de um congresso e de um relatório sobre Alfabetização Baseada em Evidências, que propôs modelos educacionais adotados em outros países. O MEC afirma que tais evidências serviram de base para políticas educacionais que melhoraram os índices de proficiência em países como Inglaterra, França, Austrália, Israel, Finlândia e, principalmente, Portugal, que superou as pontuações médias em avaliações internacionais de leitura e matemática. O conteúdo teórico do curso debruça-se em quatro partes: noções fundamentais sobre alfabetização; literacia emergente; aprendizagem da leitura e da escrita; e dificuldades e perturbações na aprendizagem da leitura e da escrita.
Já a parte prática consiste em programas de intervenção para crianças falantes do português, com atividades para alunos de 5 e 6 anos de idade. “O objetivo dos programas de intervenção é preparar os professores para garantir que as crianças trilhem um percurso de sucesso na aprendizagem da leitura, evitando-se dificuldades de aprendizagem logo no início da trajetória escolar. E tudo isso de forma lúdica, por meio da promoção de competências centrais, como a consciência fonológica, o princípio alfabético e a decodificação”, escreve o secretário de Alfabetização do MEC, Carlos Francisco Nadalim, na apresentação do curso virtual.
Os interessados podem se inscrever no site do Avamec, onde ocorrem as aulas, e já terão acesso a todo o conteúdo já oferecido pelo curso.
Asscom | Grupo Tiradentes
com informações do MEC