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Memórias do São João de Estância: tradição, forró cultura e alegria.


às 16h53
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O São João de Estância valoriza a reunião das famílias, a fogueira na porta, as ruas enfeitadas, a programação repleta de cultura e tradição, mas desde o início da pandemia muita coisa mudou, não tem mais a corrida do barco de fogo na avenida, a guerra de buscapé na Rua Nova, as festas no forródromo, nem as batucadas na praça da Catedral. Uma tristeza para o povo estanciano que todo o mês de junho costumava curtir o São João.

Quem também sente saudade desses momentos é a coordenadora do São Luís Carreiras, Ana Paula Lima, criada na cidade de Estância ela conta que sempre teve um apreço muito grande pelos festejos juninos da cidade.

“Lembro que nas datas comemorativas deste mês nós nos reuníamos na casa da minha tia Ceça que ficava na rua principal da cidade, meu tio fazia um puxado fechado de madeira e tela para que a gente assistisse às guerras de buscapé e aos desfiles dos sambas de cocos entre outras apresentações, além disso tinha aquele monte de comida típica maravilhosa e claro que a família toda esperava essa data para comer a maniçoba deliciosa que tia Ceça fazia”, relembra.

De acordo com Ana Paula, sua lembrança mais marcante foi da primeira vez que soltou seu primeiro buscapé e participou da guerra de fogos que acontece todos os anos na Rua Nova. O concurso do barco de fogo e as festas dos moradores que contratam trio pé de serra são as atividades que a coordenadora mais gostava de assistir nesse período.

Ela lamenta a situação em que o povo se encontra atualmente por conta do novo coronavírus e espera que tudo volte ao normal logo para poder curtir e dançar ao som de um bom e velho forró. “É tão triste, coloco as músicas aqui em casa me arrepio toda, tento matar a saudade comprando comidas típicas, coloco meu vestido de quadrilha e tento amenizar a saudade”, conta.

Não só para Ana Paula, mas para todos os sergipanos o São João é emoção, sentimento, alegria e tradição. Assim que tudo isso passar poderemos enfeitar nossas casas, dançar um forró e aproveitar tudo aquilo de melhor que essa época proporciona, mas até lá ficam só as boas memórias e histórias para contar.

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