Quando pensamos na psicopedagogia acabamos associando ao trabalho com o público infantil, mas apesar desse ser o segmento de maior demanda, os profissionais da área também podem com os idosos, no auxílio da estimulação cognitiva.
De acordo com a professora do curso de Pedagogia da Faculdade São Luís de França, Dra. Alana Vasconcelos, para cada faixa etária, o psicopedagogo vai atuar com diferentes protocolos e os objetivos da intervenção psicopedagógica vão variar de acordo com a necessidade do paciente.
A profissional explica que no caso dos idosos, o trabalho é voltado para a aceitação e compreensão das emoções, estimulação cognitiva como forma de contribuir para o pleno funcionamento do cérebro. “O nosso cérebro, naturalmente envelhece, então, quanto mais estímulos diferenciados você realiza, melhor para a manutenção da nossa capacidade de neuroplasticidade, ou seja, de reaprender, de criar conexões e aprendizagem”, ressaltou.
A terceira idade é uma etapa da vida que necessita de um olhar atento aos movimentos emocionais, físicos, em que muitas pessoas precisam de ajuda profissional para compreender os limites do corpo que passa a não ter a mesma força e resistência da fase da juventude, por exemplo.
Segundo Alana Vasconcelos, na terceira idade, o trabalho psicopedagógico será voltado para criação da aprendizagem do sentido da vida, identificando sentimentos, fortalecendo a cultura familiar e a história de vida do idoso. “Por meio de atividades e jogos específicos, o trabalho vai contribuir com o fortalecimento da memória de trabalho, com as emoções, identificação das pessoas, objetos e lugares que o idoso frequenta e tenha vínculo, buscando contribuir com a sua independência funcional, emocional, ou seja, com sua autonomia”, afirmou.