Neste sábado, 05 de novembro, é comemorado o Dia do Cinema Brasileiro. Há 126 anos ocorria a primeira exibição pública de cinema no Brasil, no Rio de Janeiro. Na ocasião foram projetados oito pequenos filmes, de cerca de um minuto cada um, para a elite carioca, na Rua do Ouvidor.
Desde então a produção do cinema nacional não parou e nos últimos anos vem ganhando destaque. E você, conhece bem nossas obras da sétima arte? Se você não tem o costume de assistir aos filmes nacionais ou não conhece os nossos grandes clássicos, preparamos neste texto algumas dicas. Aproveite o fim de semana e mergulhe na produção do cinema nacional.
– O Quatrilho – baseado em um romance literário de mesmo nome, o filme se passa nos anos 10 no sul do Brasil e mostra dois casais de imigrantes italianos que decidem viver na mesma casa, pois mantinham forte amizade.
A estreita relação entre eles faz surgir uma paixão inesperada entre a esposa de um e o marido da outra. Assim, eles terão que lidar com emoções e situações complexas em busca da felicidade.
A produção foi indicada ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1996 e foi muito elogiada na época.
– O que é isso, companheiro? – o filme se apoia em uma história real e no romance homônimo de Fernando Gabeira para contar a história de um grupo de revolucionários que sequestra o embaixador dos EUA, Charles Burke Elbrick.
Com um elenco conhecido com ótima interpretação, o longa-metragem teve boa repercussão e concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1998.
– Bacurau – uma das maiores revelações do cinema brasileiro dos últimos tempos é o longa-metragem Bacurau.
A produção, assinada por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, participou de muitos festivais e recebeu inúmeros prêmios no Brasil e no mundo. Foi citada, inclusive, pelo ex-presidente norte-americano Barack Obama como um de seus filmes preferidos de 2020.
– Bicho de sete cabeças – baseado na autobiografia Canto dos Malditos, de Austregésilo Carrano Bueno, Bicho de Sete Cabeças aborda a história real de Neto (Rodrigo Santoro), um rapaz que é internado em um sanatório depois que o pai encontra um cigarro de maconha entre seus pertences.
O filme é um importante documento sobre os abusos em instituições psiquiátricas, sobre a questão das drogas e a forma como pais e filhos se relacionam.
– O Auto da Compadecida – um dos mais conhecidos filme brasileiro é uma adaptação da peça teatral de mesmo nome do paraibano Ariano Suassuna, encenada em 1955.
A produção tem direção de Guel Arraes e estreou em 2000. Foi o primeiro trabalho de grande sucesso dos atores Matheus Nachtergaele e Selton Melo, nos papéis de João Grilo e Chicó.
O filme já é considerado um clássico e recebeu muitos elogios da crítica (inclusive do próprio Ariano Suassuna), além de diversos prêmios.
– O Som ao Redor – do mesmo diretor de Bacurau, O Som ao Redor é também um filme contundente de drama e suspense, que teve boa repercussão. Escolhido para representar o Brasil na corrida pelo Oscar em 2014, venceu diversos festivais e entrou para a lista dos 100 melhores filmes da Abraccine.
– Hoje eu quero voltar sozinho – é um filme que surge em decorrência do curta-metragem Eu não quero voltar sozinho, do mesmo diretor, Daniel Ribeiro, e interpretado pelo mesmo elenco.
É uma história de romance adolescente, mas com o diferencial de que se trata da descoberta do amor homoafetivo e vivenciado por um garoto cego. Exibido em muitos festivais pelo mundo e ganhou vários prêmios.