O ensino médio pode ser o requisito mínimo para muitas vagas de emprego, mas será que essa mão de obra está qualificada o suficiente para o mercado de trabalho? Segundo pesquisa do DataFolha, encomendada pela organização Todos pela Educação, 98% dos estudantes da educação básica das escolas públicas concordam, totalmente ou em parte, que deveria haver opções de formações voltadas a preparar para o mercado de trabalho.
A necessidade de se trabalhar competências e habilidades que preparem esses alunos para o mercado de trabalho se materializa nos 92% que concordam, totalmente ou em parte, que deveriam poder escolher áreas para aprofundar seus estudos. Vale salientar que a partir de 2022 deu início, na rede pública e privada, a implantação do Novo Ensino Médio, instituído pela lei 13.415/2017.
Os itinerários formativos propostos pelo novo ensino médio, que prevêem 1.200h das três mil horas propostas para essa nova formatação, geram discordância entre os especialistas em educação, já que ainda é encontrado um déficit de professores na rede pública. Quase metade dos alunos que fizeram parte do estudo, 46%, têm problemas com a não realização de todas as aulas devido à falta de professores nas escolas.
O comprometimento dos agentes educativos na formação dos estudantes, principalmente na hora de apresentar as áreas de conhecimento durante as aulas de projeto de vida que tem a finalidade de ajudar o alunado a planejar o futuro. Prova disso, é que 79% concordam que têm ou tiveram um professor que os ajudam a construir seus sonhos.
Ser independente financeiramente é o principal motivo pelo qual faz o aluno trabalhar ou pensar em trabalhar, sendo retratado na pesquisa com um índice de 71% dentre os que já trabalham e 70% entre os que ainda não trabalham. Essa questão ainda está relacionada ao abandono escolar: 48% dos jovens consideraram a possibilidade de largar a escola para poder trabalhar.
A expectativa sobre o que fazer ao concluir a educação básica também foi trabalhada. Dentre os entrevistados, 65% consideram como próximo passo em sua educação ir para o ensino superior, enquanto 22% consideram fazer uma formação técnica e profissional. Em contrapartida, o IBGE aponta que apenas 24% dos jovens com idades entre 18 e 24 anos têm acesso ao Ensino Superior.
Publicada em agosto deste ano, a pesquisa tem o objetivo de compreender como os jovens percebem sua escola e a educação por meio de um processo de escuta ativa e pesquisa de opinião. Realizada nos 26 estados e no Distrito Federal, foram entrevistados 7.798 estudantes do ensino médio. Os resultados possuem uma margem de erro de 2 pontos percentuais.
Asscom | Grupo Tiradentes
com informações do Todos pela Educação